#câncerdemama - associação entre pintas (nevus) e câncer de mama.

O número de pintas que uma mulher tem em sua pele pode se relacionar ao risco de desenvolver câncer de mama, sugere nova pesquisa. Em dois estudos independentes, cientistas americanos e franceses descobriram que quanto mais pintas uma mulher tinha, maior era o risco médio de câncer de mama. Em um estudo, as mulheres com 15 ou mais pintas em um braço eram 35% mais propensas a desenvolver câncer de mama, quando comparadas às mulheres sem pintas. 

Especialistas apontam para uma explicação plausível: o estrogênio. Esse hormônio é conhecido por induzir o crescimento e a proliferação de muitos tumores da mama. E há também algumas evidências de que o estrogênio influencia a proliferação das pintas, as quais tendem a ficar maiores e a escurecer durante a gravidez, por exemplo. Mas isso é pura especulação por enquanto. E outras razões subjacentes poderiam explicar essa associação - p. ex, algum tipo de fator genético.

Conselho para mulheres com com muitas pintas: Não entrem em pânico. Esta é uma pesquisa biologicamente muito interessante, mas provavelmente não nos diz muito sobre o risco individual de uma mulher ter câncer de mama. Provavelmente nos diz mais sobre as causas gerais deste câncer. Muito mais pesquisas são necessárias antes que essas descobertas possam ser usadas na rotina médica. Por enquanto nada disso indica que mulheres com várias pintas devam começar o rastreamento do câncer de mama mais cedo ou fazê-lo com mais freqüência.

Em um dos estudos, os pesquisadores do Centro de Câncer da Universidade de Indiana em Indianapolis pesquisaram dados em mais de 74 mil enfermeiras nos Estados Unidos. Os resultados foram semelhantes aos do segundo estudo, que acompanhou quase 90 mil mulheres francesas com 40 a 65 anos. Houve porém uma diferença fundamental: o excesso de pintas estava relacionado a um risco aumentado apenas entre as mulheres que desenvolveram câncer de mama antes da menopausa. As razões não são claras, mas novamente os pesquisadores sugeriram que hormônios ou genes possam estar envolvidos.