Mulheres que recentemente usaram pílulas anticoncepcionais contendo estrogênio em alta dose e algumas outras formulações tiveram risco aumentado para câncer de mama, enquanto que as mulheres que usam outras formulações não tiveram, de acordo com dados publicados no científico Cancer Research, um jornal da Associação Americana para Pesquisa do Câncer.
Os resultados desse estudo sugerem que o uso de pílulas anticoncepcionais no ano passado estão associados ao aumento do risco de câncer de mama. Esse risco pode variar de acordo com a formulação dos contraceptivos orais.
Basicamente, as pílulas são classificadas conforme a dose do análogo do estrogênio, o etinilestradiol. As de baixa dose contêm 0,02 - 0,03 mg (20 a 30 mcg) de etinilestradiol e as de alta dose possuem 0,05 mg (50 mcg) de etinilestradiol. Em um estudo com 1.102 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e 21.952 controles, observou-se que o uso recente de contraceptivos orais tinha aumentado o risco de câncer de mama em 50%, em comparação a quem nunca tinha usado ou não tinha feito uso recente.
As pílulas anticoncepcionais que contêm estrógeno em alta dose aumentam risco de câncer de mama em 2,7 vezes, e aquelas contendo estrogênio em dose moderada aumentaram em 1,6 vezes o risco. Por outro lado, as pílulas anticoncepcionais que contêm estrógeno em baixa dose não aumentaram o risco de câncer de mama. Os pesquisadores usaram registros de farmácia eletrônicos para coletar informações detalhadas sobre o uso de contraceptivos orais, incluindo nome do medicamento, dosagem e duração da medicação.
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